O que é o Kefir
O que é o Kefir
Para se produzir kefir é necessário conseguir primeiro os grãos de Kefir que contém uma variada flora de microorganismos benéfica ao ser humano.
Uma vez obtidos os grãos de Kefir pode-se ter kefir em casa para sempre, basta cultiva-los ou até mesmo guarda-los em condições especiais por longos períodos quando não estiverem sendo consumidos.
O Kefir para nosso consumo é o leite fermentado por algumas horas com grãos de Kefir, podemos ingerir os grãos também, mas normalmente preserva-se os grãos para a produção de mais Kefir.
Devemos ter em mente que o Kefir é diferente do iogurte, yakult, coalhadas caseiras e similares.
Pessoas tem tentado gerar os grãos de Kefir em casa e o máximo que conseguem é uma coalhada.
O Kefir foi criado na antigüidade e até hoje é desenvolvido sob condições particularmente quase impossíveis de serem repetidas na maioria das nossas residências atuais.
Para se gerar os grãos de Kefir "do nada" hoje em dia seria necessário simular um "ambiente" propício para seu surgimento, como foi feito a mais de 4.000 anos atrás, o que seria extremamente complexo e difícil para a maioria de nós, portanto será muito mais econômico e prático ganhar os grãos do que tentar fazer.
O Kefir é de difícil industrialização e atualmente no mundo existem diversos estudos para poder industrializar, veja nos links abaixo o Kefir em alguns países onde já existe a utilização, industrialização e/ou estudos:
http://www.danone.pl/produkty/Kefir
http://www.kefir-club.co.jp
http://www.paradosi.gr/kefir.html
http://bakony.veszpremtej.hu
http://www.molkerei-bgl.de/produkt_bbsau.html
http://www.danone.hu/index.php?pid=8&aid=1096
http://www.kefir.com
O Kefir pode ser refrigerado para consumo, mas não pode ser colocado no congelador, freezer ou submetido a temperaturas abaixo de 0°C (zero grau centígrado) porque perderá microorganismos que perecerão.
No trato gastrointestinal de crianças recém nascidas são naturalmente encontrados diversos microorganismos contidos no Kefir, com o passar do tempo e também porque provavelmente paramos de consumir muito leite, perdemos esses microorganismos, e eles praticamente só podem ser reencontrados no Kefir.
Composição do Kefir:
O grão de Kefir é um agrupamento gelatinoso polissacarídeo que tem vários microorganismos em simbiose, e sua complexidade ainda não foi completamente decifrada pela ciência.
Basicamente o Kefir contém:
8 leveduras, 2 bactérias acéticas, cerca de 16 lactobacilos, cerca de 9 streptococci/lactococci, ácido fólico, ácido pantotênico, biotina(vitamina B), cálcio, carboidratos, fósforo, gordura, lactase, magnésio, niacina (vitamina B3), potássio, proteínas, pyridoxina (vitamina B6), triptofano, vários outros aminoácidos benéficos, vitamina B12, vitamina K.
KEFIR
Kefir é uma bebida ácida do Cáucaso, obtida pela fermentação do leite de vaca.
Os habitantes do Cáucaso conhecem o Kefir há muito tempo. Bebem Kefir em vez de água e comem Kefir desde a infância. Entre eles, pessoas com 110 a 150 anos de idade não são uma raridade. Não conhecem tuberculose nem câncer e
não sofrem de problemas digestivos.
O professor Dr. Henschlikow dedicou grande parte de sua vida ao estudo do Kefir e observou seu efeito curativo para problemas do estômago e da vesícula, anemia, eczemas, trombose, diarréia, prisão de ventre, pressão alta e hepatite. O Kefir evita a deterioração de resíduos no intestino e acelera a convalescença. Pode até servir de substituto do leite materno.
Colocamos o fungo do Kefir num vidro com leite e deixamos descansar a uma temperatura de 18ºC a 20ºC durante 12 até, no máximo, 40 horas. Conforme o tempo de fermentação, o leite engrossa mais ou menos e produz um efeito diferente.
Para ¼ de litro de leite, precisamos de um volume de fungos correspondente ao tamanho de uma noz. Sobre os fungos, despejamos leite morno (aproximadamente 20ºC), sem nata. Fechamos o vidro hermeticamente. Conforme a necessidade, os vidros ficam de 12 até, no máximo, 40 horas descansando no armário. O vidro com Kefir não pode ser guardado na geladeira, nem ficar exposto à luz. Precisa ser guardado no armário. Entretanto, o líquido coado, sem o fungo, pode ser guardado na geladeira.
Antes de usar o Kefir pronto, agitamos o conteúdo do vidro e coamos (a peneira não deve ser de metal). O fungo que ficou na peneira é devolvido ao vidro e novamente regado com leite. O fungo, assim como o vidro, precisa ser lavado, pelo menos uma vez por semana, com água morna.
O Kefir precisa dos mesmos cuidados que a carne crua, pois deteriora com a mesma facilidade. O leite precisa ser fresco, nunca azedo. O fungo não pode ser guardado sem leite, senão morre. Seco, isto é, sem leite, o Kefir conserva-se somente durante 48 horas. Após este período, ele se decompõe. Forma-se um líquido em que bóia uma massa que não pode mais ser usada.
O Kefir pode ser tomado diariamente, de preferência ao jantar, ou como refeição. Em caso de doença grave, deve-se tomar um litro por dia. O Kefir não é somente um remédio, mas também um alimento muito nutritivo. Pode ser usado no lugar do creme azedo, para tempero de saladas e molhos.
O fungo se multiplica dobrando de volume em 3 a 4 semanas.
Então, dividimos e passamos adiante.
Não destrua o fungo, pois é muito valioso!
Dê aos seus amigos e conhecidos.
DOENÇAS
Problemas nervosos
1 litro, diariamente, às refeições. Em casos graves, durante a vida inteira.
O sono aparece sem necessidade de medicamentos. O apetite volta. Depressões desaparecem.
Úlceras do aparelho digestivo
1 litro, diariamente, enquanto necessário.
Comprovou-se o desaparecimento de úlceras do estômago, após dois meses.
Bronquite
1 litro por dia, enquanto necessário.
Asma
1 litro por dia.
O doente não deve tomar medicamentos.
Anemia
1 litro por dia.
No adulto, o sangue se torna normal em 3 meses.
Erupções, eczemas
½ litro por dia.
Também passar Kefir nas feridas e deixar secar. Não remover durante a noite.
Pela manhã, limpar o rosto e as mãos. Mesmo eczemas graves desaparecem após 15 dias.
Arteriosclerose
1 litro por dia.
A esclerose melhora aos poucos e não volta.
Bexiga e rins
1 litro por dia, enquanto necessário.
Pressão alta
1 litro por dia.
Após dois meses, a pressão volta ao normal.
Rins
1 litro por dia.
Vesícula
1 litro por dia.
O Kefir cura, enquanto o leite e o creme de leite são prejudiciais e provocam cólicas.
Infecções
1 litro por dia (e controlar alimentação).
Hepatite
1 litro por dia.
Usamos somente Kefir de 12 horas, de preferência antes de dormir, durante 3 a 4 semanas.
Prisão de ventre
1 litro por dia, usando apenas Kefir de 12 horas.
Quando a evacuação normalizar, continuar com o Kefir de 24 horas.
Kefir de 12 horas provoca boa digestão
Kefir de 36 horas provoca prisão de ventre
Acima de 20ºC o fungo age mais depressa
Kefir suave e queijo de kefir:
Deve-se fazer o kefir leban, que parece um cream cheese
1 litro de kefir de leite
1 pano fino ou coador de pano
tigela
elástico ou barbante
coloque o tcido na tigela e 4 xícaras de kefir, junte as pontas do pano, e amarre com barbante, como se fosse uma bolsa. Deixe pendurado sobre alguma panela para que escorra o soro por 24hs. No outro dia, retire o cream cheese da bolsinha.
chantilli
250g de kefir leban
2 colheres de sopa de mel ou adoçante
1 colher de sopa de suco de limão
essência de baunilha á gosto
se ficar grosso use leite bem gelado
Bater tudo no liquidificador até pegar consistência de chasntilli, não coloque o leite gelado, apenas se ficar grosso e o liquidificador não girar.
Coalhada seca
Tirar o soro do kefir transforma-o em delicioso creme que pode ser consumido salgado, como coalhada seca, ou doce, com mel ou puro, servido com geléia de frutas vermelhas. A melhor forma que encontrei de drenar o soro foi usar coador de café, de nylon ou de pano, comprado exclusivamente para isso (já adianto que coador de papel não funciona). Para a coalhada seca, deixe escorrendo até restar um creme bem denso, que começa a desgrudar das laterais. É só tirar do coador e mexer bem para uniformizar. Um fiozinho de azeite por cima, um pão árabe quentinho e nhac.
Fonte: http://come-se.blogspot.com/
Para o queijo, deixo drenar até o ponto de coalhada seca, salgo com uma pitada de sal, mexo com um garfo e amarro o coador, formando uma trouxinha e deixo escorrer por mais 8 horas (se estiver usando coador de nylon, passe para um pano de gaze dobrado, forme a trouxinha e deixe escorrer).
Perguntas: Porque doar grãos de Kefir?
As bactérias do Kefir não me atacarão?
O Kefir contém cerca de 37 microorganismos.
O que ocorre é que esses microorganismos do Kefir são benéficos ao nosso organismo, principalmente porque a grosso modo eles simplesmente "devoram" as microorganismos malignos que estão dentro do nosso corpo, principalmente no sistema digestivo, existem inúmeros microorganismos maléficos que são eliminadas pelo Kefir e além de outras coisas o Kefir é também nutritivo.
Ou seja, a probabilidade de sermos atacados por organismos nocivos é total!
Mas o Kefir vai exatamente combater isso!
Esse já seria um bom motivo pra doar, ou difundir o uso, imagine, doando grãos, consumindo ou divulgando o uso do o Kefir, estaremos combatendo microorganismos nocivos que a humanidade vem "cultivando" em seus corpos e que podem causar doenças, inclusive o câncer .
Outro motivo para doar seria que o Kefir forma uma simbiose conosco, eles nos ajudam eliminando seres nocivos a nós e ainda nos alimentando, e nós os alimentamos e cultivamos, isso desperta um sentimento de solidariedade.
Descubra também dentro de você mesmo, motivos para doar ou divulgar o Kefir.
No trato gastrointestinal de crianças recém nascidas são naturalmente encontrados diversos microorganismos contidos no Kefir, com o passar do tempo e também porque provavelmente paramos de consumir muito leite, perdemos esses microorganismos, e eles praticamente só podem ser reencontrados no Kefir.
Pergunta: O Kefir já foi testado em seres humanos?
Estima-se que Kefir tem sido usado por seres humanos por cerca de 4.000 anos, nesse período, seu uso foi secreto por povos da região do Cáucaso, região montanhosa entre os mares Negro e Cáspio, eles tinham medo que inimigos ou supostos inimigos deles tivessem acesso aos benefícios do Kefir ou que o Kefir perdesse suas propriedades benéficas, portanto, esconderam durante cerca de quatro mil anos o segredo de produzir o Kefir. Esses povos consomem o Kefir a vida toda, desde o nascimento e são conhecidos pela sua longevidade e atingem em média 110 anos de idade.
O restante da humanidade começou a ter contato com o Kefir apenas cerca de um século atrás, em 1908 foi distribuído pela primeira vez na Rússia, depois que um grupo de médicos membros de uma Sociedade de Medicina que acreditavam que o Kefir seria benéfico aos seus pacientes incitaram dois irmão, de sobrenome Blandov, produtores de laticínios a conseguirem o Kefir dos povos que o possuíam e guardavam em segredo. Através de uma manobra que hoje chamaríamos de espionagem, com auxílio de Irina Sakharova que era empregada dos Blandov para a tarefa de obter os grãos de Kefir. Envovido por Irina um príncipe da região do Cáucaso se apaixona por ela.
E apaixonado por Irina, o príncipe, possuidor de grãos de Kefir, termina preso por rapta-la, ele teve que comprar sua liberdade pagando cerca de 4,5 Kg de grãos de Kefir para Irina por determinação do Czar. A partir daí toda a Russia começou a consumir o Kefir e também passou a ser utilizado em hospitais.
No século passado, dizem alguns, que os Russos conseguiram a ocupação da Sibéria, região extremamente inóspita pelo frio, graças ao uso do Kefir.
Portanto, 4.000 anos atestam os benefícios do Kefir.
Pergunta: O Kefir é azedo mesmo?
Resposta: Você decide se quer azedo ou não, o Kefir pode ficar azedo ou ácido quanto maior for o tempo de fermentação, se desejar um Kefir que não seja azedo, basta deixar menos tempo e terá um Kefir suave. A proporção de grãos para o leite e temperatura ambiente também influi na fermentação.
Pergunta: Os grãos de Kefir soltam uma "gosma" branca?
Resposta: Sim, essa "gosma" branca que os grãos soltam e que normalmente vemos quando estamos peneirando é o que os pesquisadores batizaram de kefiran, que é um poderoso anti-cancerígeno.
Pergunta: Qual a temperatura e tempo ideais para cultivar o Kefir?
Resposta: O Kefir deve ficar em temperatura ambiente entre 10 a 40 graus, sendo que a temperatura ideal para produzir é em torno de 20 a 37 graus por um tempo de fermentação que pode variar de algumas horas até três dias caso a temperatura ambiente esteja menos de 22°C.
Embora o tempo recomendado seja de até 3 dias de fermentação, por medida de precaução recomenda-se que acima de 36 horas não devemos consumir o Kefir fermentado em temperatura acima de 20°C.*
Se mantivermos o Kefir depois de fermentado na geladeira ele manterá ainda condições para consumo por cerca de 3 dias. Se for feito queijo de Kefir o tempo de conservação poderá ser bem maior.
*Caso ocorra fermentação acima de 36 horas devemos peneirar os grãos e descartar o líquido e adicionar os grãos em novo leite e retomar o processo de cultivo se os grãos estiverem em boas condições
A proporção ideal para seguir estes tempos é:
Uma colher das de sopa de grãos de Kefir para cada meio litro de leite.
Pergunta: Como devo consumir o Kefir?
Resposta: Na hora de consumir o líquido que chamamos de Kefir não deve conter grãos, os grãos devem ser separados com a peneira para posteriormente produzirem novos lotes de Kefir para consumo, eventualmente poderá até comer os grãos, caso tenha muitos, ou seja, não ha problema nenhum em ingerir diretamente os grãos.
Na aparência o Kefir é semelhante a coalhada ou iogurte (mas apenas na aparência) e pode ser misturado com frutas por exemplo.
Pergunta: Qualquer pessoa pode consumir o Kefir?
Resposta: Não ha nenhuma restrição em princípio, qualquer pessoa poderá tomar o Kefir, salvo problemas de saúde que possam impossibilitar, nesse caso a orientação médica pode ser necessária.
Pergunta: Qual a quantidade de Kefir posso consumir por dia?
Resposta: O Kefir é um alimento e algumas pessoas ingerem um litro e meio por dia do Kefir de leite.
Pergunta: Qual leite devo usar?
Resposta: Nas maioria das cidades do Brasil
pode se usar o Leite UHT (Longa vida) integral ou desnatado. Em locais que possa se conseguir leite fresco de vaca ou cabra serão melhores, mas esses devem ser fervidos e esfriados a temperatura ambiente antes de serem colocados os grãos.
Pergunta: Como cultivar o Kefir?
Resposta: Para produzir o Kefir de leite usa-se apenas:
* Grãos de Kefir
* Leite
Que devem ser colocados em uma pote de vidro.
A proporção de grãos para leite é em média de uma colher das de sopa de grãos de Kefir para cada meio litro de leite, se tiver mais grãos proporcionalmente a fermentação deverá ser mais rápida e deve ser trocado o leite em menor tempo.
O tempo de fermentação em temperatura média de 20° C (vinte graus centígrados) é o seguinte:
Para consumir um Kefir mais suave a fermentação deve ser mínima e pode durar apenas umas 6 horas, (Em dias mais frios isso pode demorar mais tempo) que é quando o leite começa a ficar mais denso (engrossar), a partir do momento que chega nesse estágio retira-se os grãos com a peneira e pode-se consumir o líquido peneirado ou colocar na geladeira e consumir mais tarde.
O Kefir mais ácido pode ser obtido em até três dias de fermentação.
Pergunta: Posso gerar os grãos de Kefir em casa usando açúcar, leite e pão?
Resposta: Não, os verdadeiros grãos de Kefir não foram gerados assim.
Procure receber os verdadeiros grãos através do nosso site ou de alguém que os tenha, assim poderá cultiva-los em casa com mais segurança.
Os grãos de Kefir verdadeiros, são especiais e ao entrarmos em contato com eles nos os "reconhecemos" plenamente, talvez porque eles passam a fazer parte de nós, nos protegendo e alimentando, assim como nós fazemos com eles.
E provavelmente podemos "reconhece-los" também porque certamente quando fomos recém nascidos já tivemos contato com alguns microorganismos que o Kefir contém.
Fonte: http://kefir.com.br/respostas.html
Vamos juntos viajar pelos métodos utilizados pela medicina nos tempos antigos para tratar doenças e o emprego de conhecimentos empíricos para tratamentos, bem como a maravilhosa aventura humana que levou-nos a evolução nos tratamentos medicinais.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
O LEITE NA MEDICINA
As iniformoações abaixo foram extraidas do site:
http://www.pratiqueleite.com.br/article.php?recid=2976
A medicina antiga e o leite
Fora suas conotações religiosas, o leite foi utilizado em algumas civilizações como medicamento ou com finalidades cosméticas.
Era antiga O médico grego Hipócrates (400 a.C.), considerado o pai da Medicina, recomendava uma dieta de leite de vaca contra envenenamentos. Misturado com água, vinho, mel ou outros ingredientes, era utilizado para curar afecções inflamatórias. Também é dessa época a primeira menção negativa ao leite, descrevendo, com relativa precisão, um quadro de diarréia (por questão higiênica ou até de intolerância à lactose): “Leite é ruim para pacientes com febre, cuja barriga está distendida e roncando”.
Leite na cosmetologia antiga Na Ásia Menor, devido às suas propriedades hidratantes, junto com pomadas e ungüentos, era utilizado em doenças de pele. Pompéia, esposa do imperador romano Nero (37-68 d.C.), costumava tomar longos banhos com leite de jumentas, acreditando em sua ação rejuvenescedora. A rainha egípcia Cleópatra, por volta da mesma época, cultivava o mesmo hábito.
Um começo difícil Nessa época, devido aos problemas sanitários, o leite passou a ter uma imagem negativa entre os romanos, que designavam por bárbaros aqueles povos que consumiam somente carne e leite, contrapondo-se aos civilizados, que consumiam produtos com maior grau de elaboração, como vinho e azeite de oliva. Documentos romanos do século 1 de nossa era apresentam diversas receitas à base de leite, misturado com menta, cebola, orégano e coentro, para produção de uma bebida tônica. Para os tísicos, recomendava-se leite humano, e, para inflamações de garganta, gargarejos com leite quente, malva e sal. No século 2, o médico romano Galeno descreve com clareza um quadro de intolerância à lactose: “O leite não deve ser dado a todos, mas àqueles que o aceitam bem”.
Outras aparições do leite na históriaA aproximação do homo sapiens com o leite ocorreu provavelmente com as cabras, fato testemunhado em desenhos rupestres, datados de 20.000 a.C., nos quais as cabras são representadas como animais comumente caçados. Existe uma controvérsia se este fenômeno teria ocorrido na Mesopotâmia, por volta de 10 mil anos atrás, ou mais a leste, na Ásia.
O primeiro registro material de atividade laticinista O primeiro registro histórico e concreto da utilização do leite como alimento é uma peça encontrada em Tell Ubaid, atual Iraque, datada de 3100 a.C., conhecida como Friso dos ordenhadores. Nela, podem ser constatadas não só a ordenha mas também a filtragem do leite. Também os egípcios, a partir de 1000 a.C., como mencionado anteriormente, deixaram registros de utilização do leite com conotações religiosas.
Utilização entre povos desaparecidosO historiador grego Heródoto, em torno de 500 a.C., relata a existência de um pão preparado com grãos de lótus misturados com leite e água que, quando comido quente, era leve e de fácil digestão, e a utilização, por tártaros, de grande quantidade de leite de éguas, que seria consumido com gafanhotos, secos e moídos. Entre os etruscos, por volta de 400 a.C., as cabras e os carneiros eram usados como fonte de leite, carne e lã. Do leite, esse povo fazia diferentes tipos de queijo. Há também indicações (tumba dos relevos de Cerveteri) de que esse povo já utilizava o ralador de queijo. Entre gregos e romanos, praticamente no início da era cristã, cabras e ovelhas continuavam a ser fonte de leite, enquanto os bovinos eram utilizados como tração animal. Costume tão arraigado que se menciona que o imperador romano Julio César estranhou a utilização de manteiga de origem bovina entre os bárbaros.
A ascenção do queijo e a dura convivência do leite com as condições sanitárias da Idade Média Com as invasões bárbaras e a queda do império romano ocidental, por volta do século 5, uma nova estrutura socioeconômica surgiu na Europa. A produção de gêneros agrícolas destinava-se, sobretudo, à sobrevivência, não tendo expressão na parca atividade comercial da época. Os rebanhos bovinos continuavam destinados à tração animal ou ao corte, mas o leite fluido, talvez por influência dos bárbaros do norte, era utilizado no consumo caseiro das famílias, porém, em função da péssima condição de higiene reinante, nunca era consumido fora do estrito local onde era produzido, não participando das escassas relações de troca da época. Vale a menção de que coube aos mosteiros a manutenção e o aprimoramento das técnicas de criação de gado leiteiro, bem como a manufatura de queijos. Remontam dessa época os queijos livarot e o maroilles. Alguns historiadores acreditam que, por volta do ano 1000, os vikings noruegueses teriam introduzido gado bovino no continente americano, hipótese pouco crível considerando-se as condições tecnológicas de suas embarcações. A partir do século 12, a atividade comercial volta a se intensificar na Europa e os queijos curados, mais duráveis, passam a ter valor comercial importante. Em 1267, na região de Doubs, na França, nasceram os primeiros “fruitieres” (antepassados das cooperativas de laticínios), que produziam enormes queijos, conhecidos como beaufort, emental, comté.
http://www.pratiqueleite.com.br/article.php?recid=2976
A medicina antiga e o leite
Fora suas conotações religiosas, o leite foi utilizado em algumas civilizações como medicamento ou com finalidades cosméticas.
Era antiga O médico grego Hipócrates (400 a.C.), considerado o pai da Medicina, recomendava uma dieta de leite de vaca contra envenenamentos. Misturado com água, vinho, mel ou outros ingredientes, era utilizado para curar afecções inflamatórias. Também é dessa época a primeira menção negativa ao leite, descrevendo, com relativa precisão, um quadro de diarréia (por questão higiênica ou até de intolerância à lactose): “Leite é ruim para pacientes com febre, cuja barriga está distendida e roncando”.
Leite na cosmetologia antiga Na Ásia Menor, devido às suas propriedades hidratantes, junto com pomadas e ungüentos, era utilizado em doenças de pele. Pompéia, esposa do imperador romano Nero (37-68 d.C.), costumava tomar longos banhos com leite de jumentas, acreditando em sua ação rejuvenescedora. A rainha egípcia Cleópatra, por volta da mesma época, cultivava o mesmo hábito.
Um começo difícil Nessa época, devido aos problemas sanitários, o leite passou a ter uma imagem negativa entre os romanos, que designavam por bárbaros aqueles povos que consumiam somente carne e leite, contrapondo-se aos civilizados, que consumiam produtos com maior grau de elaboração, como vinho e azeite de oliva. Documentos romanos do século 1 de nossa era apresentam diversas receitas à base de leite, misturado com menta, cebola, orégano e coentro, para produção de uma bebida tônica. Para os tísicos, recomendava-se leite humano, e, para inflamações de garganta, gargarejos com leite quente, malva e sal. No século 2, o médico romano Galeno descreve com clareza um quadro de intolerância à lactose: “O leite não deve ser dado a todos, mas àqueles que o aceitam bem”.
Outras aparições do leite na históriaA aproximação do homo sapiens com o leite ocorreu provavelmente com as cabras, fato testemunhado em desenhos rupestres, datados de 20.000 a.C., nos quais as cabras são representadas como animais comumente caçados. Existe uma controvérsia se este fenômeno teria ocorrido na Mesopotâmia, por volta de 10 mil anos atrás, ou mais a leste, na Ásia.
O primeiro registro material de atividade laticinista O primeiro registro histórico e concreto da utilização do leite como alimento é uma peça encontrada em Tell Ubaid, atual Iraque, datada de 3100 a.C., conhecida como Friso dos ordenhadores. Nela, podem ser constatadas não só a ordenha mas também a filtragem do leite. Também os egípcios, a partir de 1000 a.C., como mencionado anteriormente, deixaram registros de utilização do leite com conotações religiosas.
Utilização entre povos desaparecidosO historiador grego Heródoto, em torno de 500 a.C., relata a existência de um pão preparado com grãos de lótus misturados com leite e água que, quando comido quente, era leve e de fácil digestão, e a utilização, por tártaros, de grande quantidade de leite de éguas, que seria consumido com gafanhotos, secos e moídos. Entre os etruscos, por volta de 400 a.C., as cabras e os carneiros eram usados como fonte de leite, carne e lã. Do leite, esse povo fazia diferentes tipos de queijo. Há também indicações (tumba dos relevos de Cerveteri) de que esse povo já utilizava o ralador de queijo. Entre gregos e romanos, praticamente no início da era cristã, cabras e ovelhas continuavam a ser fonte de leite, enquanto os bovinos eram utilizados como tração animal. Costume tão arraigado que se menciona que o imperador romano Julio César estranhou a utilização de manteiga de origem bovina entre os bárbaros.
A ascenção do queijo e a dura convivência do leite com as condições sanitárias da Idade Média Com as invasões bárbaras e a queda do império romano ocidental, por volta do século 5, uma nova estrutura socioeconômica surgiu na Europa. A produção de gêneros agrícolas destinava-se, sobretudo, à sobrevivência, não tendo expressão na parca atividade comercial da época. Os rebanhos bovinos continuavam destinados à tração animal ou ao corte, mas o leite fluido, talvez por influência dos bárbaros do norte, era utilizado no consumo caseiro das famílias, porém, em função da péssima condição de higiene reinante, nunca era consumido fora do estrito local onde era produzido, não participando das escassas relações de troca da época. Vale a menção de que coube aos mosteiros a manutenção e o aprimoramento das técnicas de criação de gado leiteiro, bem como a manufatura de queijos. Remontam dessa época os queijos livarot e o maroilles. Alguns historiadores acreditam que, por volta do ano 1000, os vikings noruegueses teriam introduzido gado bovino no continente americano, hipótese pouco crível considerando-se as condições tecnológicas de suas embarcações. A partir do século 12, a atividade comercial volta a se intensificar na Europa e os queijos curados, mais duráveis, passam a ter valor comercial importante. Em 1267, na região de Doubs, na França, nasceram os primeiros “fruitieres” (antepassados das cooperativas de laticínios), que produziam enormes queijos, conhecidos como beaufort, emental, comté.
TUBERCULOSE DOS GÂNGLIOS LINFÁTICOS
O poder divino da cura poderia ser delegado aos reis, por exemplo. Essa foi a origem de um procedimento conhecido como “toque real”, usado no caso da escrófula, a tuberculose dos gânglios linfáticos.
Essa doença, muito comum então, sobretudo em crianças, era transmitida pelo leite de vacas com mastite tuberculosa (hoje, graças à pasteurização do leite, um procedimento que mata os micróbios da tuberculose, praticamente desapareceu). A escrófula não era uma doença mortal, mas causava um grande transtorno para o paciente: os gânglios, situados em geral no pescoço, fistulizavam, isto é, formava-se um canal que ia se abrir na pele, e por ali saía uma substância viscosa, o cáseo, resultante da infecção.
A criança doente era levada, em determinado dia, ao rei, que lhe punha as mãos, dizendo: “Eu te toco, Deus te cura”. Por causa disso, a doença era conhecida como mal du roi na França e the king’s evil na Inglaterra.(historianovest.blogspot.com/2009/06/medicina)
Essa doença, muito comum então, sobretudo em crianças, era transmitida pelo leite de vacas com mastite tuberculosa (hoje, graças à pasteurização do leite, um procedimento que mata os micróbios da tuberculose, praticamente desapareceu). A escrófula não era uma doença mortal, mas causava um grande transtorno para o paciente: os gânglios, situados em geral no pescoço, fistulizavam, isto é, formava-se um canal que ia se abrir na pele, e por ali saía uma substância viscosa, o cáseo, resultante da infecção.
A criança doente era levada, em determinado dia, ao rei, que lhe punha as mãos, dizendo: “Eu te toco, Deus te cura”. Por causa disso, a doença era conhecida como mal du roi na França e the king’s evil na Inglaterra.(historianovest.blogspot.com/2009/06/medicina)
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